sexta-feira, 4 de março de 2011

San Francisco







San Francisco é uma cidade lindíssima, com uma arquitetura toda especial, pessoas especiais na maneira de vestir, de comer, de protestar. Acredito que seja uma cidade muito particular nos EUA. Não conheço quase nada desse país, mas, do pouco que conheço, posso dizer que trata-se de um lugar particular.

Eu gosto de andar pra lá e pra cá, ver as pessoas vestidas de maneira tão diferente, com seus hábitos naturalistas, com suas filosofias de vida e seus carros enormes.

Eu gosto de tudo um pouco e me irrito com quase tudo.

A cidade, pra mim, cheira frango frito. Bom, preciso explicar, mas acho que sempre que eu sentir cheiro de frango frito, vou lembrar-me daqui.

Antes, o meu namorado morava no bairro Mission, um bairro de mexicanos, repleto de mendigos, e, segundo o medo americano, super perigoso. Na esquina da casa dele

tinha um restaurante de frango frito, cada vez que eu chegava, eu sentia aquele cheiro.

Depois, ele se mudou pra Divisadeiro, o bairro dos negros americanos, também, segundo o medo americano, perigoso. A verdade é que o bairro tem muitas casas populares e eles têm medo de pobres... mas eu ando muito e nunca tive nenhum problema. Enfim, a questão é que tem muitos restaurantes que vendem frango frito, ou seja, mesmo que todo mundo diga que caranguejo é a cara de San Francisco, pra mim, ela cheira frango frito.

Mas, justiça seja feita, a cidade é linda, com suas colinas, com os bondinhos, com os parques sempre cheios, com os pássaros marítimos que não te deixam esquecer que ali, logo depois daquela colina, há o Pacífico.

Da Sexta-feira de carnaval e dos amores com cara de domingo

A verdade sobre a sexta-feira de carnaval é que meu namorado saiu pra tomar cerveja com os amigos, e eu fiquei aqui, sozinha, fazendo nada. Esse pequeno episódio me fez amar carnaval mais do que tudo e sentir uma saudade inacreditável das épocas em que eu esperava muito pela chegada dele.
Tudo isso de nem lembrar que era carnaval e, de repente, sentir tanta falta dele me fez lembrar de uma história:
Durante uma época da minha vida, eu saia com um carinha muito gente boa. Aquele tipo de menino feito pra casar e, para piorar tudo, ele gostava muito de mim. Bom, toda essa descrição já prenuncia um relacionamento falido. Por mais que eu visse nele muitos atributos físicos e psicológicos, eu não conseguia parar de pensar na vida com cara de domingo à tarde que eu teria com ele. Pois é, convencida de que um dia eu encontraria o homem dos meus sonhos que me proporcionaria uma vida, no mínimo, de sábado à noite, terminei o relacionamento com esse bom moço.
Depois de muito tempo, estou eu aqui, numa sexta-feira de carnaval, à noite, sem fazer absolutamente nada, esperando o moço que eu escolhi...
É, é isso aí mulherada, quem muito escolhe....