sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

You can never ever leave without leaving a piece of youth...para minha amiga Ana Paula

O fim do ano está aí. Todo mundo tentando se organizar entre confraternizações, compras, arrumações e mudanças.
E por falar em mudanças, esse final de semana é o último final de semana da Paula em São Paulo. A Paula, pra quem não conhece, é minha amiga/irmã. Moramos juntas por 10 anos, isso mesmo, 10 anos. Somos duas pessoas de temperamentos completamente diferentes. Somos amigas, no sentido único que essa palavra pode ter: aquele em quem se confia, em quem se apoia, com quem compartilha.
A mudança da Paula põe fim a uma fase de nossa vida. Uma fase e tanto: faculdade, namoros, fins de namoros, mestrados, trabalhos, emprego (emprego é diferente de trabalho, sim), doutorado, balada, barzinhos, viagens, primeiro carro, amigos, festas, outros namoros... ufa, que fase. Sinto-me tão grata por tudo isso que passou, mas sinto uma vontade de chorar sem parar quando penso que agora acabou. Vocês devem se perguntar, mas essa fase já não tinha acabado quando você se mudou? Não tinha porque eu sempre podia voltar pro apartamento da Caxingui, encontrar meus amigos, o apartamento em que morei por 10 anos, a D. Dilce... entenderam?
Agora, vamos começar outra fase de nossa vida, a tal da fase adulta. Uma fase bem menos movimentada, mas com muitas coisas boas também. A Carol (irmã da Paula e integrante da fase acima relatada) vai casar, até o Leandro tem uma namorada, ninguém acreditaria...
Pra fechar essa fase, vou contar uma historinha do ap 34 A:
Domingão, Paula, Carol e eu compramos ingressos para ir a uma Micareta. Bom gente, todo mundo tem seus dias menos gloriosos... Enfim, ligamos pro Túlio (também integrante dessa fase e morador do 53C) para perguntar como iríamos. Ele disse que ia com um amigo, o Danilo, e que podíamos ir todos juntos. Fomos. Chegando perto do local do evento estava um trânsito infernal... o Túlio, boa praça como sempre foi, desceu do carro e desapareceu com os novos amigos que fez. O Danilo começou a dizer que queria fazer xixi e desceu do carro. Eu peguei a direção. Só me lembro de ver a cabecinha do Danilo sumindo no trânsito. Chegamos a Micareta, estacionamos e nada de Túlio nem de Danilo aparecerem. Entramos na micareta, fizemos o que se faz em micaretas e nada. A micareta acabou, esperamos a última das 4 mil pessoas sair e nada. Pegamos o carro e fomos pra casa. Quase chegando em casa, começa a tocar um celular no carro. Atendi o celular que estava embaixo do banco, era o Danilo: "- Meu, cadê vocês? Me liga nesse número." e desliga. Tentamos ligar no número e adivinha: teclado bloqueado, digite sua senha de 4 dígitos... ai, ai... Não ligamos de volta, entramos, eu, Paula e Carol e fomos dormir. Às 3 da manhã o telefone toca, era o Danilo só pra dizer que ele estava bem e estava em Santos. Santos?? É, ele pegou um ônibus e foi pra Santos. Vai entender. No dia seguinte, ligamos pro Túlio e perguntamos o sobrenome do Danilo. O Túlio não sabia, tinha conhecido o cara um dia antes numa balada, mas sabia que ele morava em Moema. Útil, não? O dia passa e nada do Danilo ligar. Nesse meio tempo, tentando todos os números, conseguimos desbloquear o teclado. Só tinha um número salvo: "casa". Ligamos, atendeu a mãe dele, perguntamos por ele e ela respondeu que ele estava em São Paulo, no apartamento dele. Ela perguntou se queríamos deixar recado, dissemos que não, que ele tinha deixado uma coisinha com a gente, mas que estava tudo bem. Às 10 da noite aparece o Danilo pra buscar o carro, tranquilo, como se nada tivesse acontecido. Um mês depois eu comprei o carro dele, meu fiestinha sapinho!Eu já tinha feito o teste drive mesmo!!
É isso, minha gente,eu teria muitas muitas histórias pra contar, mas nem todas são permitidas :)!

Boa sorte nessa nova fase minha amiga! Pra você, para Carol, pra todo mundo!

A gente nunca pode partir sem deixar um pedacinho da gente.

http://www.youtube.com/watch?v=NOG3eus4ZSo

5 comentários:

  1. Adorei a história!! Que loucura, eu estava imaginando já ele nunca aparecendo para pegar o carro e você fazendo uma transferência bancária rsrs

    ResponderExcluir
  2. Vou ser sincera: me machuca o fato de essas histórias acabarem e não acho graça na vida adulta.

    ResponderExcluir
  3. É Bruna, sendo sincera também, eu concordo com você, acho que é por isso que eu chorei sem parar. Você também morou um pouquinho no 34A, né?! Ah, fase boa!

    ResponderExcluir
  4. Fer, o 34A continuará sempre aberto para vocês. Os móveis e a D. Dilce são os mesmos, rs...

    Me sinto totalmente frustada às vezes com a vida adulta, mas é bom na maioria do tempo.

    PS: sendo adulta descobri que meu congresso ano que vem será em SF! Tem suas vantagens, rs....

    Beijos

    ResponderExcluir
  5. :) Oba!! Visitas!! Eu sei que ele está lá, mas já não é mais a mesma coisa, aliás, nós já não somos mais as mesmas, né? Olha você, você era uma geógrafa e agora é uma cientista dessas que contam célula...

    ResponderExcluir